segunda-feira, 26 de maio de 2008

*- A TI... DESCONHECIDO MISTERIOSO - *

Viestes de distâncias ignoradas,
correstes solidões adormecidas.
E como algo estranho, ancorou,
junto ao cais de minha vida...
E os ventos que o trouxeram, já cessaram
as ondas remotas que sulcastes,
entre águas verdes, e espumas brancas do mar...
já desfaleceram,
e ficaram perdidas noutras noites.
E as estrelas sem fim que te iluminaram,
já não existem... Já não as vejo,
já se apagaram...
Viestes de distâncias ignoradas,
e ficastes a sombra,
sim, a sombra o meu silencio...
E aqui sobre as águas mansas e recolhidas,
sobre o sol que o aqueceu... sobre as areias,
és a sugestão indefinida,
de tudo o que em meu ser,
ficou distante de tua vida...
E quando me supões,
mais ausente, de alma diluída,
na infecunda tristeza de mim mesma,
é quando mais te sonho,
é quando mais te amo...

LEINECY PEREIRA DORNELES
CASSINO- RIO GRANDE-RSUL

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